Neste momento ainda me falta relatar muito da minha viagem pelo Brasil e ainda todo o Paraguai. Mas quando viajamos sem a internet, viajamos muito mais leves... No entanto, agora contrariei a regra e vim munida de portátil para a cidade onde me aconselharam até a não trazer a câmara, a cidade também apelidada de maravilhosa – Rio de Janeiro.
Após 8 h de viagem de Santos ao Rio, cheguei ao terminal rodoviário, cansada, pesada e com receio, afinal nunca antes me tinha aventurado numa capital tão insegura. Indicaram-me o caminho para o hostel, no mapa parece bem próximo, mapa este, que não tem as altitudes. Enquanto subia a encosta incorrecta, um senhor felizmente parou e deu-me boleia até à porta. A inclinação é como subir ao castelo, quer ao de Lisboa, quer o de Setúbal. Acho que teria desisitdo e voltado para trás....No entanto quando cheguei ao hostel mais umas dezenas de degraus, pela primeira vez encontrei uma cidade como Lisboa, onde a bicicleta é um objecto agradavél para se manter na arrecadação.
Eram 17h e ainda disponho de 2 horas de sol, decidi adiantar o meu tour de amanhã e ver um pouco do que me rodeia. Escolha difícil qual das câmaras levar, opto pela maior, a memória vale sempre mais, mas esquecesse muito mais rápido.
Subo Santa Teresa e avisto alguns painéis nas paredes, não resisto e tiro as primeiras fotos, disfarçadamente.
Mais à frente, ao longe o Cristo, na sua magnitude. Paro junto a um velhote que me cumprimenta com um sorriso e diz: “cuidado com essa máquina” e depois conta-me porque já não existe o bondinho (eléctrico) neste morro…. “10 pessoas morreram num acidente e agora só restam as linhas e os ônibus”…”em 2014 deve estar novamente a funcionar”, agrdeço, sorrio e sigo caminho.
O museu que pretendia visitar encerra apenas às terças, para minha pontaria… sigo, mas logo paro e tiro a primeira foto das diferenças. As favelas vs os prédios enormes, a riqueza vs pobreza, os contrastes pelos quais a cidade é conhecida e que eu me preparo para descobrir….
Desço as escadas que o artista chileno Selarón, desde 1990 tem vindo a decorar e transformar, tornando toda escadaria uma atracção turística…Numa das fotos esqueço-me do guia (livro), felizmente quando voltei atrás ainda lá estava, afinal na primeira oportunidade nem fui roubada :D
Daí aos arcos da Lapa são 100 metros, onde consegui ver polícias a usarem teasers em sem-abrigo. Mesmo quando ia fotografar os arcos, aparecem na minha objectiva. Como tenho uma ideia não muito boa destes polícias e sem o prémio Worldpress Photo em mente, afasto-me apenas ouvindo um som de forte de corrente eléctrica seguido de gritos de dor….
No coração dos bares, o circo voador e a fundação Progresso apresentam propostas para o fim-de-semana, recusando que o carnaval já terminou….
Termino o dia na catedral ou na aberração arquitectónica junto ao que me parece uma artéria profissional da cidade. A catedral é a mais estranha que vi até hoje, mesmo com os seus painéis interiores não me inspira religião….
A única coisa de bela que a catedral possui é a iluminação que preenche a vista do meu quarto….
+ FOTOS
Circo Voador, instalações para cursos gratuitos
Streetart junto e os Arcos
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